segunda-feira, 17 de junho de 2019

HORÁRIO DE PROVA (P2) – TURMA 8º Ano – EFII
Dia 24 a 28 de JUNHO – 2º BIMESTRE


Horário
2ª FEIRA
3ª FEIRA
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
JUNHO
7h às 7h50
PORTUGUÊS



HISTÓRIA
7h55 às 8h45



GEOGRAFIA

8h50 às 9h40


MATEMÁTICA


10h às 10h50



ESPANHOL

10h50 às11h40

CIÊNCIAS
ARTE

INGLÊS



CONTEÚDOS DE PROVA – 2º BIMESTRE – P2 – JUNHO – 24/06 a 28/06
ANO: 2019

DATA
HORÁRIO
DISCIPLINA
8º Ano A - CONTEÚDOS
24/06
2ª feira

1ª aula
PORTUGUÊS
- Frase/oração/período.   - Frase verbal/frase nominal.
-Tipos de sujeito e predicado.
- Termo integrante: predicação verbal; complemento nominal; agente da passiva.
-Termo acessório: adjunto adnominal; aposto; vocativo.
- Variação linguística;      - Crase;
- Regência verbal e nominal.    - Interpretação textual.
25/06
3ª feira
5ª aula
CIÊNCIAS
• Cap. 05 – Sangue e Circulação.
• Cap.06 – Respiração.
26/06
4ª feira
3ª aula
MATEMÁTICA
- Capítulo 5.
- Fatoração e fator comum.
- Equações fracionárias.
- Simplificação de polinômios.
5ª aula
ARTE
- Texturas;
- Gramática visual;
- Monotipia.
27/06
5ª feira
2ª aula
GEOGRAFIA
- Capítulo 5 - Europa: um velho continente ou um continente velho? Páginas: 64 até 79.
- Capítulo 11 - Oceania: o novíssimo mundo. Páginas: 170 até 179.
Observação: O aluno deverá estudar através do livro didático; atividades, apontamentos e pesquisas do caderno e  atividades interativas referentes ao assunto.
4ª aula
ESPANHOL
- Interpretação de texto, aumentativo e diminutivo.
28/06
6ª feira
1ª aula
HISTÓRIA
Capítulo 5: A MODERNIDADE NA EUROPA
- A Vida urbana;
- A velocidade do cotidiano;
- Antes do Shopping Center
- Quebrando as máquinas
- O “perigo” da perca do conhecimento adquirido;
- A Carta do Povo;
-Movimentos trabalhistas: “Anarquismo e Socialismo”; e
- Características da sociedade “industrial”.
5ª aula
INGLÊS
- Vocabulário sobre o corpo humano; adverbs of manner; tradução.

ATENÇÃO: A Ausência no dia de prova deve ser justificada, na orientação pedagógica, no prazo de até 24h da realização das provas. Após esse prazo, deverá ser efetuado o pagamento para a 2ª chamada na tesouraria ou na coordenação do colégio, não cabendo mais justificativas.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Português

Boa tarde, alunos envio-lhes a tarefa para o dia 17/06/2019.


Caso não seja possível imprimir, copiem as frases de regência verbal e crase e depois respondam às questões e quanto a interpretação textual , apenas copiem as perguntas em seguida respondam no caderno.
Caso queiram imprimir , colem no caderno,apenas as questões de gramática e os exercícios de interpretação textual não é necessário a colagem.

Bom estudo!




1) Sublinhe a regência verbal correta e explique.
1-Aos domingos meu pai vai [ao / no] maracanã.
 2-Só namoro [com gente / gente] fina.
3-Prefiro ser prejudicado [do que / a] prejudicar os outros.
4-Prefiro a companhia de Paulo [que a / a] de Joaquim.
5-Prefiro crítica sincera [do que / a] elogios exagerados.
6-[Esqueci / Esqueci-me] meu caderno de anotações.
7-[Esqueci / Esqueci-me] da promessa.
8-Ainda [lembro / me lembro] da casa que morávamos.
9-Morávamos [à / na] Praça Verde.
10-Deus perdoe [aos /os] nossos pecados.
11-Pagou [à /a] dívida.
12-Sempre antipatizei [com todos / a todos].
13-Eles obedeciam [os / aos] estatutos?
14-Preferia [mais o / o] campo [do que a / a] cidade.
15-Os corpos obedecem [leis / às leis] da gravidade.
16-Meu pai [esqueceu / se esqueceu] de ir à reunião.
17-[Lembrou / Lembrou-se] de que era feriado.
18-Por que não [simpatizas / simpatizas com] o diretor?
19-Obedeça [o / ao] regulamento.
20-Aspire [o / ao] ar da manhã.
21-Ele aspira [o / ao] sucesso.
22-Ele assistiu [o / ao] jogo.
23-O médico assiste [o / ao] ferido.
24-O garotinho respondeu [ao / o] pai.
25-Você já respondeu [ao / o] questionário?
26-O ataque visava [o / ao] quartel general.
27-Chegou [na / à] fazenda de tardezinha.
28-O padre perdoou [o / ao] rapaz, mas não perdoou [a / à] garota.
29-O cônsul já visou [o / ao] passaporte.
30-Hilário ajudava [ao / o] pai no escritório.
31-O filme é bom, pois muitos [lhe assistiram / assistiram a ele].
32-Os alunos serão chamados [ao / no] quadro.
33-Atendendo [o / ao] pedido de V.S.a [...].
34- Já atendemos [as / às] justas reclamações do povo.
35-O ministro atendeu [o / ao] requerente.
36-Deus atendeu [a / à] oração do pecador.
2) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua.
c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.

3) Sobre a crase, é INCORRETO afirmar:
a) Haverá crase sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e o termo consequente aceite o artigo.
b) A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza, assinalada com o acento grave (`).
c) A crase nunca ocorrerá na indicação pontual do número de horas, nas expressões à moda de e à maneira de e nas expressões adverbiais femininas.
d) A crase nunca ocorrerá antes de substantivo masculino, antes de verbo, antes de pronomes em geral e antes de pronomes de tratamento.

Leia atentamente o texto e depois responda às questões abaixo

Os jovens e a violência: vítimas ou vilões?
    A cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência. Basear o julgamento sobre a violência cometida por jovens no que ocorre atualmente no Rio de Janeiro – e em muitas outras cidades do Brasil – é, no mínimo, simplista de nossa parte e acaba eximindo a todos de uma ação realmente eficaz para a mudança de nossa realidade.
“Com justiça e igualdade acontecendo poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima”
    Os jovens são, sim, vítimas, pois há décadas o Estado priva a maior parte da população do acesso à saúde, educação, cultura, saneamento básico e outros itens fundamentais à formação de um cidadão de excelência. Noções de valores como respeito, educação, cordialidade, entre outras, há muito tempo foram esquecidas ou menosprezadas. As cidades foram segmentadas entre os que têm e os que não têm direito a itens fundamentais para um desenvolvimento pleno e sadio. Foram divididas entre os que podiam tudo e os que não podiam nada. Tudo de melhor estava em uma parte da cidade e o restante ficava com o que sobrava. Quem tinha tudo esqueceu que a outra parte da população crescia e, mesmo sem uma educação de qualidade, começava a ter noções do que ocorria no resto do mundo graças à globalização e a difusão das informações. Começaram a querer essas coisas também. E, se não podiam tê-las pelas maneiras tradicionais, o fariam de alguma outra forma. Dariam um “jeito”, mesmo errado. Enquanto uns baseavam o seu ser naquilo que tinham, outros o fizeram através do poder, pela força bruta.
    Podemos pensar que são também vilões se lembrarmos que mesmo com tanta informação, bolsas, vagas gratuitas, cursos, um jovem escolhe ficar nas ruas assaltando, roubando e matando. Se há tantos exemplos de pessoas vencedoras que nasceram e cresceram em uma realidade de violência diária, escolher entre a ilusão de poder de chefiar um grupo em sua comunidade através da violência ou crescer na vida com esforço e trabalho parece uma decisão simples.
    E para quem nasceu com segurança, teve uma educação formal razoável e uma estrutura psicológica e familiar sólida. Porém, para quem cresceu e vive em total insegurança, em locais onde se dorme e acorda ao som de tiros, estuda – isso quando o professor consegue chegar até a escola – muitas vezes abaixado ou deitado no chão para se proteger de bala perdida, tem de esperar horas para ter acesso a tratamento médico e é humilhado por atendentes, seguranças e enfermeiros, no limite de suas condições humanas por causa do estresse, entre outras diversas questões, é difícil tomar a decisão mais correta e as escolhas feitas nem sempre são as melhores.
    Hoje temos diversas bolsas de auxílio para os jovens. Em cada comunidade há dezenas de projetos sociais que prometem mudar a vida das pessoas. Vende-se uma falsa ideia de que quem mora em uma favela tem direito a coisas que a classe média não tem.
    Claro, há, sim, dezenas de oportunidades para qualquer indivíduo, seja ele de onde for. Porém, nem todos cresceram em um ambiente que mostrasse o valor disso. Muitos cresceram ouvindo promessas e experimentando atividades que iniciavam e não acabavam, acostumaram-se a cursos e aulas dadas de qualquer maneira, sem despertar o real interesse dos alunos.
    Quando aprendermos a tratar a todos da mesma forma teremos uma sociedade mais justa e igualitária. Com justiça e igualdade acontecendo aí, sim, poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima.
Marcelo Andriotti
www.gazetadopovo.com.br

Questões
Após a leitura do texto responda:
1) De acordo com o texto, a cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência. Por que você acha que isso acontece?
R:  
2) Marcelo Andriotti apresenta dois pontos de vista em relação aos jovens serem vítimas ou vilões. Explique com suas palavras os argumentos usados por ele para justificar porque os jovens são vítimas.
R:
3) Explique os argumentos que Marcelo Andriotti utiliza para embasar sua tese de que os jovens também são vilões em relação aos atos de violência ocorridos no nosso país?
R: 
4) Com qual ponto de vista você concorda? O que afirma que os jovens são vilões ou o que afirma que eles são vítimas? Por quê?
R:  
5) Qual é a dica que Marcelo Andriotti dá para que possamos descobrir quem é vilão ou vítima em relação aos atos de violência ocorridos pelos jovens em nosso país?
R:  
6) Você acha que o sol pode nascer para todos, ou seja, as boas oportunidades surgem para todos ou apenas para pessoas que nasceram em uma vida estruturada financeiramente? Explique.
R: 
7) Você acha que a vida é feita de escolhas ou quando nascemos Deus já traçou um destino para cada um de nós? Comente.
R: 

8) Será que o homem é corrompido pela sociedade, por exemplo: se eu nasci no meio de pessoas corruptas , invejosas, rancorosas, amargas, fingidas, ladras, vou aprender a ser como elas ou não? Comente.
R:  
9) O que é violência para você? Explique.
R:  
10) O problema de tanta violência em nosso país está em quem? Na sociedade ou nos governantes? Comente.






domingo, 9 de junho de 2019

FORMAÇÃO CIDADÃ:conteúdo complementar - A cultura da Paz e da Não violência.

Olá turma!

Estou disponibilizando os vídeos abaixo: A cultura da Paz e da Não violência, como complemento de conteúdo para o nosso debate em Sala de aula e atividades:

Prof. Marcelo Gotardi.

- Após assistir aos vídeos, RESPONDA no caderno:

- O que você entende por "cultura da Paz"?
- Qual o contexto "social" que vivemos hoje, que é até difícil falar de "paz"?
- Qual a importância do diálogo na Cultura de Paz?
- O que é a "Não violência"?
- Cite o nome de um personagem histórico símbolo da "não-violência" na Índia?
- Cite o nome de um personagem histórico símbolo da "não-violência" nos E.U.A contra o racismo e a segregação racial?
- O que você entende por "Protestos dos sentados" (seated)?



LINK 1: Video/Palestra - Cultura da Paz

LINK 2: Video - Não violência - parte 1

LINK 3:  Vídeo - Não VioLência - parte 2

LINK 4:  Vídeo - Não violência - parte 3

domingo, 2 de junho de 2019

HISTÓRIA: Atividade T1 - Análise critica do filme: TEMPOS MODERNOS

Olá turma!

Conforme combinado, estou disponibilizando o link do Filme dublado:
TEMPOS MODERNOS
--para trabalharmos e discutirmos sobre: "Industrialização e seus efeitos", com os seguintes objetivos:
  • Compreender através do filme "Tempos Modernos" como funcionavam as fábricas e como era a vida do trabalhador durante a segunda revolução industrial.
  • Analisar as desigualdades sociais da época, os direitos trabalhistas e a exploração da mão de obra.
  • Entender e relacionar as mudanças ocorridas na sociedade e no campo econômico, após a primeira, segunda e terceira revolução industrial.
-  Conhecimentos prévios trabalhados no conteúdo anterior:
  • A Revolução Industrial:
  • Fases da Revolução Industrial: Primeira, Segunda e Terceira Revolução Industrial;
  • Consequências da Revolução Industrial;
  • Capitalismo Industrial;

LINK do filme: https://youtu.be/fCkFjlR7-JQ


 - conforme o esquema abaixo:

- Ficha técnica do filme                                                                                                        
Título original: Modern Times
Gênero: Comédia
Duração: 1h27min
Ano de lançamento: 1936
Estúdio: United Artists/Charles Chaplin Productions
Distribuidora: United Artists
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Produção: Charles Chaplin
Música: Charles Chaplin
Fotografia: Ira H. Morgan e Roland Totheroh

Sinopse
um clássico da sétima arte que aborda de forma cômica a mecanização da mão de obra, o capitalismo dos anos 30 e a desigualdade social.
A revolução industrial é retratada em um ambiente de uma fábrica com engrenagens gigantes que opera com processos de linha de montagem,
baseado no modelo fordiano.
Há uma crítica à desigualdade social, em que ficam claramente explícitas as diferentes realidades da burguesia e do proletariado.
Ácido, porém engraçado, o filme é atemporal, profundo e confirma a genialidade de um dos maiores ícones do cinema mundial.
 
- DATA de ENTREGA: 20/06/2019 - quinta feira
- O trabalho deverá ser entregue de forma IMPRESSA!

- Análise introdutória!
1- Nessa narrativa fílmica a linguagem verbal é praticamente ausente, então do que posso me valer para fazer a leitura? 

2- O título está relacionado com a história? Justifique?
3- Em que cena do filme é possível verificar as consequências sociais que a crise de1929 provocou: desemprego; fome; índices de violência? 
4- Essa substituição do homem pela máquina ainda acontece nos dias atuais e como isso acontece?
5- Como estes manifestos sociais (greve, por exemplo) são vistos pela sociedade contemporânea? E as situações de prisão são diferentes nos dias atuais?
- Escrevam uma pequena redação (no mínimo 10 linhas) descrevendo o conhecimento e o seu entendimento sobre o assunto abordado no filme.




RESUMO INTRODUTÓRIO:

Várias cenas do filme “Tempos Modernos” traduzem as mudanças da Revolução Industrial.
Várias cenas do filme “Tempos Modernos” traduzem as mudanças da Revolução Industrial.

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No estudo da Revolução Industrial, vários historiadores salientam que tal experiência foi responsável por uma profunda transformação nas formas de se organizar as relações de trabalho. Em linhas gerais, procura-se destacar que a figura do artesão foi substituída pela do operário, que vendia a sua força de trabalho em troca de uma determinada compensação monetária.

Nessa nova configuração, o trabalhador fabril não tinha mais noção de quanto era o valor da riqueza produzida por sua força de trabalho. Segundo a teoria dos pensadores Karl Marx e Friendrich Engels, o operário recebia um salário que era insignificante se comparado ao valor da riqueza produzida por ele ao longo de um único mês de trabalho. Dessa forma, estava necessariamente submetido a uma lógica de exploração sistemática.


Para que tal desconhecimento fosse viável, segundo estes dois mesmos teóricos, a especialização do trabalho era um pressuposto indispensável. Sob tal vigência, o operário desconhecia o valor do seu trabalho no momento em que desempenhava uma função isolada do processo global de fabricação de um determinado bem material. Com isso, ele não sabia quantificar em dinheiro o valor que sua contribuição influía na concepção de uma mercadoria industrializada.

  O filme mostra como esse novo tipo de trabalhador surgiu no mundo contemporâneo.
Por exemplo:  amostragem do momento em que Carlitos (personagem principal da trama) passa longas horas desempenhando uma mesma tarefa na linha de produção.

 RESENHA do FILME:

Em “Tempos modernos” (“Modern times”), filme de Charles Chaplin5 de 1936, o diretor mostra com maestria os efeitos que o desenvolvimento capitalista e seu processo de industrialização trouxeram à classe trabalhadora. Como diz o texto de introdução do filme, “’Tempos modernos’ é uma história sobre a indústria, a iniciativa privada e a humanidade em busca da felicidade”6.
A temática de “Tempos modernos” custou a Chaplin uma série de perseguições por parte da CIA, juntamente com a acusação de simpatias comunistas7. Além disso, havia recusado naturalizar-se norte-americano argumentando ser um “cidadão do mundo” o que agrava ainda mais sua situação. Chaplin passa a constar na “lista negra” de Hollywood durante a perseguição macarthista, o que torna sua situação de trabalho nos EUA insustentável (seus filmes eram proibidos), levando-o a abandonar definitivamente os EUA em 1952.
No filme, o vagabundo Carlitos, ironicamente, encontra-se na condição de operário. É ao auge do predomínio do padrão de acumulação taylorista-fordista, em que os trabalhadores tem suas habilidades substituídas por um trabalho rotineiro e alienado. É o predomínio da esteira rolante de Ford, do cronômetro de Taylor8, do operário-massa.
A inadequação de Carlitos com o trabalho alienado perpassa o tempo todo do filme. Na condição de operário ele tenta se adaptar, se esforça para inserir-se naquele novo mundo de produção em massa, máquinas gigantescas, exploração do trabalho, mas também de greves e de organização sindical. Esta inadequação fica presente logo no início do filme, quando um bando de ovelhas brancas é mostrado e apenas uma delas tem a cor preta, certamente esta representa o próprio Carlitos. A cena do bando de ovelhas é misturada com a cena dos operários entrando na fábrica, como se fossem animais indo para o abate, só que, na verdade, vão para a produção na fábrica.
Como operário da fábrica, Carlitos se depara com a esteira de produção fordista que aumenta o ritmo de produção a todo instante, tornando a relação homem-máquina extremamente conflituosa, até o ponto em que o próprio Carlitos é engolido pela máquina, saindo de lá em uma condição de insanidade, momento em que ele abandona a condição de quase um autômato (repetindo um gesto mecânico mesmo quando não está trabalhando, fruto da alienação do trabalho) para uma situação de confronto direto em que ele sabota a produção, insurge-se contra o patrão e é internado como louco.
A contradição capital-trabalho está presente de forma clara no filme. O patrão fica numa sala armando quebra-cabeças e lendo jornal, ao mesmo tempo em que de um monitor controla todos os movimentos dos operários e dita o ritmo de produção a ser executado9.
Em outras passagens, a inadequação de Carlitos com o trabalho alienado fica presente nas tantas tentativas de trabalhar que o personagem enfrenta. Quando arranja trabalho no caís após sair do hospício, consegue em um simples gesto lançar um navio ao mar. Quando o personagem vira vigia na loja de departamentos, além, de não conseguir impedir um assalto, consome produtos da loja, leva a amiga para o interior da loja, e dorme no serviço. Trabalhando como auxiliar de mecânico, Carlitos demonstra a todo instante sua inadequação com a simples tarefa de ajudar o mecânico chefe, fazendo com que este seja também engolido pela máquina. Quando assume o papel de garçom, também é nítida a sua incapacidade de servir uma mesa.
Na verdade, Carlitos só consegue mostrar sua identificação com atividades nada alienantes e que fogem ao domínio da máquina sobre o trabalho. Quando ele está na loja de departamentos e mostra uma grande habilidade em patinar, e quando está no restaurante trabalhando como garçom e que improvisa um número musical cômico. Neste momento percebe-se que em ao menos em uma atividade ele é bom, em um tipo de trabalho que requeira criatividade e não uma mera execução de tarefas formulada por terceiros. Só então, ele é aplaudido por todos e inclusive, parabenizado pelo patrão10.
A voz de Carlitos é ouvida pela primeira vez no cinema quando ele canta. Chaplin opunha-se ao cinema falado, achando que este não duraria muito tempo. Na verdade, seu temor era com seu próprio personagem, adequado muito mais ao gestual do que a fala. Somente depois de 10 anos de existência, é que em “Tempos modernos”, Chaplin faria sua primeira experiência com o cinema falado, ou no seu caso, “semi-falado”. Ouve-se o ruído das máquinas, o som mecânico da “máquina de comer”, do alto-falante em que o patrão dirige-se aos funcionários, mas em nenhum momento um personagem fala, que não seja através de uma máquina11.
Mesmo quando Carlitos canta ele expressa uma crítica ao cinema falado, quando esquece a letra, sua amiga12 grita a ele: “Cante! Dane-se a letra!”, e é o que ele faz, mostra que mesmo sem palavras, ou no caso, usando palavras sem sentido, mas caprichando no gestual, faz com que todos consigam compreender uma história13.
Outro aspecto que chama atenção no filme é o predomínio completo do trabalho abstrato sobre o trabalho concreto14, ou seja, ao capital não interessa a forma como está sendo produzido ou que está sendo produzido, somente importa é que está sendo criado valor. Daí não sabermos exatamente qual a mercadoria que Carlitos produz, e certamente, nem mesmo os operários da fábrica o sabem. Assim, não existe qualquer identificação do trabalhador com seu trabalho, nem com a mercadoria produzida por ele.
Mesmo com toda a crítica social que é feita, a reação do personagem Carlitos ao sistema é feita de maneira individual e não coletiva. Quando eclode a Grande Depressão de 1929, que coincide com a saída do personagem do hospício, é levado à prisão acusado de ser líder comunista por empunhar uma bandeira (pretensamente vermelha) em frente a um grupo de trabalhadores que fazia uma passeata na rua. Carlitos é visto como o cidadão comum, não politizado, mas que pelo simples gesto de buscar devolver a bandeira que tinha caído do caminhão é acusado de líder da revolta operária. Em outro momento, quando eclode uma greve na fábrica em que trabalha, também por acidente é acusado de agressão a um policial que viria reprimir a greve.
No final do filme, quando sua amiga indignada com a situação de perseguição, miséria e desemprego pergunta: “para que tudo isso?” ele responde: “levante a cabeça, nunca abandone a luta”. No entanto, a reação dos dois não é o enfrentamento contra o capital, é retirar-se da cidade, indo em direção ao campo15.
Ao som da belíssima “Smile”, de autoria de Chaplin, Carlitos dá as costas para a para produção em massa, para as gigantescas máquinas que desempregam trabalhadores, para as suntuosas lojas com suas escadas rolantes, para o trabalho alienado. Seria o último filme mudo de Chaplin e também a despedida do personagem Carlitos, que havia se tornado obsoleto em um momento em que o cinema falado tomava conta dos cinemas do mundo todo. Era o sinal dos tempos. Os tais “tempos modernos”.